sábado, 26 de junho de 2010

Anacronismo de Homero


O que é Anacronismo?
Pelo dicionário online
Priberam: anacronismo: s. m
1. Erro cronológico.
2. Coisa a que se atribui uma época em que ela não tinha razão de ser.


Anacronismo é quando você julga, interpreta ou visualiza um fato, evento ou período histórico com os olhares de outro.
Um exemplo, quando descrevi os
daimyos do Japão medieval como lordes feudais, grandes latifundiários. Atribui termos de outras épocas para um outro tempo (uma vez que o valor semântico de daimyo não é o mesmo de lorde feudal)
No texto de
Trabulsi¹ (A mobilização política na Grécia Antiga), que é o mesmo que aborda a discussão tirano grego como um líder populista do post Demos Cratos a tiranos, ele expõe de uma maneira um pouco tímida idéia de que o aedo mais famoso de todos os tempos, Homero, (afinal se ele foi um aedo, ele só podia ser daquele tempo mesmo) não teria escrito as épicas Íliada e Odisséia fiéis às formas de governo do período contemporâneo as histórias.
O período em que Homero viveu foi, mais ou menos, VIII a. C., o início da era Clássica grega, quando a idéia de democracia era exercida em algumas cidades-Estado, e primeiramente na pólis em que ele viveu (Quios, a primeira democracia).
As epopéias se passam uns 300 anos antes, durante a civilização micênica quando a forma de governo dominante era o governo dos wanax (eis um anacronismo didático: um rei absolutista), que não fica muito bem representado na Íliada em que diversas vezes os heróis se reúnem em assembléias e o rei do exército, Agamenom, se reúne com outros reis.
Essas assembléias são realizadas em todos os níveis: monárquicos, troiano, aqueiano e divino (até Zeus reúne os deuses diversas vezes para expor sua opinião). Logo, acompanha a Íliada e a Odisséia uma idéia da necessidade do convencimento dos subalternos. Que seria uma necessidade da democracia de Quios contemporânea de Homero.
Outro fator que José Antonio Dabdab Trabulsi apresenta é a quantidade de lideranças (reis) presentes na Íliada e sobrando ainda uma galera para tentar usurpar o trono de Odisseu enquanto ele está em sua odisséia de volta. Essa quantidade enorme de lideres cria a necessidade de adjetivos para designar mais rei ou menos rei durante a Íliada em grego, fazendo um neologismo que provavelmente não foi contemporâneo às epopéias e sim, a Homero narrando-as.
Vale lembrar que as epopéias teriam sido transmitidas por via oral e aedóica por 300 anos, e sabe como é, cada conto aumenta um ponto.
Então, ou o absolutismo cretense tinha um cunho democrático e uma porrada de reis, ou os valores do tempo de Homero foram expressos nos clássicos enchendo as bases da História grega de anacronismos.

¹José Antonio Dabdab Trabulsi = formado na UFRJ, o cara já tem uns dois pós-doutorado e um currículo enorme, poliglota e que escreve muito bem! (O cara é um Funari que está atuando na UFMG)

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Negócio da China


Fica meio confuso, eu fiquei pelo menos, quando o professor explica que os portugueses tinham 6.000% de lucro em suas empreitadas no oriente. "Fazer comércio".
Como se davam essas relações? Como que eles iam ter 6.000% de lucro?!
Vamos viajar um pouquinho nessa idéia...
A coisa fica BEM clara quando Manoel Bonfim expõe, no inicio do século XX, uma versão das viagens trans-indicas que consiste em saques, seqüestros e pirataria.
Manoel Bonfim foi um gênio brasileiro que tinha suas idéias nacionalistas bem fortes em oposição a corrente que idolatrava a Europa e dominava academicamente a época.
As especiarias eram roubadas na Ásia e trazidas à Europa. Sim, saqueadas mesmo, pirataria no Oceano Índico. Cercos e saques, pirataria e seqüestros.
O preço lá encima com lucro, é óbvio, de 100%.
Surge daí a primeira companhia do mundo, a empresa holandesa VOC, a popular Companhia das Índias Orientais.
Ela assumiu o controle das rotas e garantiu o monopólio na Indonésia (lê-se garantiu o monopólio: desceu porrada até que a concorrência européia desistiu de passar por lá). A diferença entre o empreendimento holandês na Ásia e o espanhol na América Latina, é que a prata latina foi escoando por processos de bancos genoveses e, posteriormente holandeses, que controlavam juros, inflação, etc...
A Holanda criou uma empresa privada jogada dentro de uma bolsa de valores (o que garantia dinheiro com ações, operações e controles com produtos primários, câmbio e seguros marítimos) que logo deu início a uma nova empreitada: a WIC.
A WIC é a Companhia das Índias Ocidentais do Piratas do Caribe . A responsável pelo mesmo tipo de ação no ocidente meio óbvio, néh Nícolas?
Para você ter uma prova sobre a questão bélica nestas "empresas", a invasão holandesa no Brasil se deu por ação dessa companhia, a WIC, que acabou não dando certo porque eles foram expulsos do território brasileiro.
O controle holandês sobre sua mercadoria não terminava no mercado de ações não, eles ainda controlavam a balança oferta/procura, guardando na própria região dos países baixos seu estoque, impedindo que houvesse uma inflação absurda do mesmo modo que aconteceu com a Espanha pós-conquista.
E viva o capitalismo!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Uma mão portuguesa

O período anterior a 1467 se caracterizava como um xogunato, forma de governo em que o xogum é a autoridade máxima. Xogun é uma espécie de ditador, coexistente com uma imagem imperial que é só fachada.
De 1467 a 1568, um período denominado Sengoku durava no Japão. O período dos "estados guerreiros" se caracterizava pela disputa do domínio do Japão entre os daimyos (lordes feudais grandes latifundiários);
Essa disputa se dava em guerras civis até que algum lorde feudal mais poderoso unificasse a terra (lembrando o significado histórico da palavra unificar: descer tanta porrada até que não sobre mais quem ouse desafia-lo) diminuindo o poder dos outros daimyos e se tornando xogun.
Esse lorde bam-bam-bam foi o lendário Oda Nobunaga. Seu diferencial? Espingardas. Oda entrou em contato com "comerciantes" portugueses e desse contato retirou sua, literalmente, arma secreta.
Nobunaga estabeleceu como capital a cidade de Kyoto, em 1568.
Traído por um de seus generais, Akechi Mitsuhide, cometeu o suicídio-ritual seppuku em 1582.
A campanha de unificação de Oda continuou, sua liderança foi herdada pelo seu general Toyotomi Hideyoshi, que vingou seu senhor.
Hideyoshi não se conteve apenas com o Japão, que ainda tinha alguns daimyos rebeldes, invadiu a Coréia que possuía aliados chineses, que também seriam seu alvo. Quando morreu, em 1598, suas tropas deram no pé da Coréia.
Tokugawa Ieaysu continuou a campanha de Nobunaga e na Batalha de Sekigahara, em 1600, derrotou todos os opositores a seu xogunato que teria como capital Edo, agora, Tóquio.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Inca é inca, asteca é mexica


ASTECAS = em sua língua, o nahuatl, MEXICAS. Povo dominante na região do México na chegada do "conquistador" espanhol Hernán Cortês em 1519.

INCAS = império dominante na América do Sul, concentrados no atual Peru. Subjugados pelo "conquistador" Francisco Pizarro em 1532. Os incas mesmo seriam a família imperial.


Ok, o fato é que essas suas civilização possuíam a hegemonia em suas respectivas regiões. Controlavam, de diferentes maneiras, povos vizinhos e em uma análise das formas de dominação podemos ressaltar algumas diferenças que os caracterizavam.
Podemos utilizar como introdução a uma comparação dos domínios mexica e inca com uma singela exposição de suas mitologias.
Uma vez que, na mitologia inca, Viracocha teria criado os homens com diferentes culturas e costumes e que o Inca seria descendente do Sol, no mito mexica é prevista uma dominação asteca sobre outros povos, justificada por uma servidão anterior (esta lenda foi criada sob o governo de Itzcoatl, pelo menos, perto de 1430).
A dominação mexica incumbia a administração das regiões conquistadas, belicamente, aos pipiltin mexicas (nobreza), enquanto, por se tratarem de uma família (por isso menos numerosos), os incas permitiam às administrações locais que continuassem a reger, no entanto, subordinados aos "filhos do Sol".

Os astecas exigiam impostos (tributos), com o risco de serem transformados em escravos os macehualtin (servos) que não pagassem. Esses tributos serviam para o sustento dos pipiltin e de obras grandiosas, como aquedutos e diques, de responsabilidade estatal, uma vez que havia comércio no Estado mexica.
Já nos Andes, o Estado Inca era o responsável (ao menos na maior parte¹) pelas trocas e mantinha-se no poder como governo ativo utilizando o processo de mita, o qual conferia a influencia da família real em todo o seu vasto território.
Enquanto os astecas atraiam o ódio de muitos povos conquistados, no Estado inca era comum os administradores locais (que não pertenciam a família real) serem designados como ilegítimos¹.
A dominação política e religiosa inca tomava seus tributos nas formas de trabalho (mita) e rituais, enquanto os mexicas exigiam tributos agrários e pessoas para serem sacrificadas.

1= essas informações e descobertas historiograficamente recentes podem ser encontradas em:
MURRA, J. As sociedades Andinas anteriores a 1532. In: América Latina Colonial. Org: BETHELL, L. Tradução de Maria Cescato. Ed: EDUSP, 1997.

sábado, 19 de junho de 2010

Você é um macaco?


eu não gosto muito de sair do foco, mas dessa vez acho que vale a pena
Uma experiência social foi realizada com macacos.
Cinco macacos foram colocados em uma sala, com uma escada no centro e, encima da escada, uma banana.
Eles estavam usando dispositivos para que tomassem um choque toda vez que algum macaco tentasse subir a escada.
Dos cincos macacos, apenas três tentaram e logo o grupo descobriu a ligação entre o choque e a tentativa, ou seja, não permitiam que nenhum macaco tentasse subir na escada, espancando-o caso o fizesse. Todos viviam em paz sem que nenhum deles tentasse pegar a maldita banana.
Um dos macacos foi substituído por um novo. É claro que ele foi tentar subir a escada, mas os outros lhe desceram o cacete, e o macaco não fazia a mínima idéia porque tinha apanhado, mas não tentava mais subir na escada.
E pouco a pouco todos os macacos foram sendo trocados várias vezes. E nenhum deles tentava pegar a banana, porque caso contrário os outros lhe espancariam, mesmo que nunca tivessem tomado um choque.

A mestiçagem


O Brasil é fruto de três culturas. O índio, o negro e o branco. Que bonitinho.
Porém, são poucos os historiadores que estudam o fator mistura que as culturas humanas possuem.
Vide os gregos: uma civilização formada pela miscigenação e contato de aqueus, eólios, jônicos e dórios. Mestiçagem pura. Dinamismo que viria a ser a base do mundo ocidental.
Um dos mestres no estudo dos contatos entre culturas é Serge Gruzinski, um historiador e paleógrafo francês especialista nos processos da conquista.
O cara é um PHD++ que fala português e analisa a mestiçagem e o produto cultural. Em seu livro A Colonização do Imaginário, Gruzinski implanta na cabeça do leitor a verdade de que uma cultura não nasce ou morre, se transforma. Analisa, por exemplo, a transformação na arte asteca depois do contato com a européia.
Você já imaginou nobres astecas indo para a Europa estudar mitologia grega, história, matemática, letras?
O pensamento mestiço explora essa idéia de miscigenação e A guerra das imagens trata sobre as representações para ambos os lados das diversas imagens e as traduções errôneas que aconteceram. Dois mundos tão diferentes se chocando que dão suporte a um outro título: A passagem do século: 1480-1520 - as origens da globalização, como os outros dois anteriores, livro de Gruzinski.
Essa idéia de mestiçagem é tão rica e tão pouco explorada que vale citar um dos exemplos mais ilustres da língua espanhola: Inca Garcilaso de la Vega, filho de uma princesa inca com um capitão espanhol, foi morar na pátria paterna devido ao perigo que corria no país natal, Peru, por sua linhagem nobre.
Ele era considerado bastardo para a coroa espanhola e através dele timos relatos daquela época sobre a nobreza inca e a tentativa de Hernando Soto de conquistar a Florida, assim como análises antropológicas fantásticas.
Conclusão do post: Gruzinski é o cara, fodão e eu vou devorar os livros dele nas férias.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Demos Cratos a tiranos


Quando a gente estuda política na Grécia Antiga na escola, o professor provavelmente traçou um risco no meio do quadro e explicou Atenas de um lado e Esparta do outro. O militarismo espartano e a democracia ateniense.
Mas a questão ateniense não é explicitada com o respeito que merece! Por exemplo, a democracia não começou em Atenas. Nas dezenas de cidade-Estados gregas várias formas de governo foram desenvolvidas, incluindo a democracia, de diferentes maneiras.
Em Atenas, um cidade portuária e, boa parte por isso, rica, os grandes latifundiários tinham grande poder político na forma de governo de então. Pode soar meio estranho a idéia latifundiário e porto, mas era isso mesmo: os grandes latifundiários tinham terras no campo e concentravam-se na cidade (no ginásio, na Ágora, etc...).
O tempo das tiranias na Grécia foi um momento em que a população pobre (o "estrato inferior" dos marxistas) revoltou-se e incumbiu homens com poderes ilimitados que deveriam estar de acordo com a vontade das massas.
O ditador seria o defensor do povo da aristocracia exploradora (os grandes latifundiários, os eupátrias de Atenas).
É estranho usar esse termo, não? DITADOR! O que lhe vem a cabeça? Hitler, sem dúvida, Mussolini, Stalin, talvez um Ahmadinejad no máximo. Mas raras são as pessoas que lembram dessa palavra, que agrupa uma conotação que é a representação máxima de tudo o que há de mal no mundo, com o nosso querido Vargas, "
o melhor presidente do Brasil".
E não seria Vargas essa figura povão? A política populista onde um homem confiável representa os interesses das massas contra os ricos exploradores ou comunistas comedores de criancinhas
(olha, não parece uma história austríaca alemã?).
Então um ditador seria a expressão máxima da vontade da maioria? Que vontade de responder sim, a expressão máxima de democracia é a imposição de um ditador carismático!
Mas não seria a democracia só existente em um sistema onde todos o demos (o povo) tivesse a mesma educação e a mesma capacidade crítica para que todos pudessem exercer a democracia no mesmo nível?
Então a chave da democracia de verdade é a Educação. Ela não permite manipulação e, logo, também não permite populismo. Repito: a democracia não seria possível apenas se todos tivessem a mesma capacidade de compreensão?
Para aqueles que não acreditam no socialismo porque ele é utópico, bom, eu lhes apresento a democracia.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Metodologia Universitária: textos em grego

Um dos motivos dos jornalistas ganharem mais popularidade e fazer o nosso trabalho talvez seja porque não o fazemos direito. Ou melhor, talvez não o fazemos com o mesmo foco.
"Pois não imagino, para um escritor, elogio mais belo do que saber falar, no mesmo tom, aos doutos e aos escolares", já dizia Marc Bloch.
Porém, depois de ler tanto livro e texto velho, chato e complicado, o historiador reproduz esse estilo somado às 1000 notas de rodapé.
Quando que um não historiador vai ter saco para ler um ensaio, um livro, uma pesquisa assim? NUNCA. E o que a Historiografia descobre não sai dela e de seus filhos.
É necessária a popularização do conhecimento histórico; simples e direto, poupando as notas de rodapé para as bancas avaliadoras... Como um blog, por que não? E oferecer ao mesmo tempo uma história divertida e seriamente comprometida.
Nossa missão, escolares de História, é entender os textos antigos, os manuais dos Annales, Bloch, Foucault, Heródoto, todos eles... E simplifica-los. O fazer histórico é propriedade dos historiadores, mas a História é e sempre será patrimônio de todos.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Jornalistas vs Historiadores

Tá bom. Eu admito: eles têm que fazer mais pontos pra passar no vestibular. Ok... Os textos deles não precisam de um milhão de notas de rodapé; Dois pontos. Eles não precisam ler TANTO para poder escrever na área deles; Três pontos.
Ao longo da carreira, as publicações deles saem muito mais baratas. Quatro pontos.
Eles são mais ricos. E sempre serão.
Cinco a zero para os jornalistas.
Por que eu estou fazendo História mesmo? Ah tá! Quero ser diplomata, bem lembrado. Mas além de diplomata, eu serei historiador que tem, infelizmente, que competir, injustamente, com jornalistas que se metem a fazer o nosso trabalho sem o mesmo compromisso com a veracidade.
Sem a mesma veracidade porque o jornalista não fica (em sua maioria) estudando a maneira de ser fazer história de ontem (ou onteNS) e de hoje, logo, seu texto está parcial para com a tendência de se fazer, e pensar, história atualmente. Sacou? Não? Vamos explicar:
O livro de Narloch, por exemplo, "revolucionando" visões históricas. Tais visões haviam sido construídas por integrantes de "classes humildes" que agora mandam no país (exemplo bobo: PT) e carregam toda uma identidade nacional em busca da liberdade (que eclodiu nas "Diretas Já", etc...). Porém, essa sociedade, depois de uma era democrática, cresceu economicamente e vai se "burgueisando", sua visão de mundo não vai valorizar tanto assim as classes humildes na perspectiva histórica.
Segundo a EXAME, o Brasil, o povo brasileiro, está enriquecendo e é com um olhar "riquinho" que vai contar o passado (isto é, formular um discurso histórico).
O livro de Narloch não destrói uma visão popular errônea, e sim é o primeiro livro da nova visão popular que será errônea para próxima.
Nada se cria, tudo se transforma, até a História.
Eu gosto da massificação da História, mas creio assiduamente que deve ser feita pelas mãos de historiadores, com textos mais simples e com o compromisso com a imparcialidade.

O guia politicamente CORRETO da história do Brasil


Se você gosta de livrarias tanto quanto eu, é muito provável que já tenha reparado em um livro bonito com uma capa que seria uma versão brasileira do St. Peppers (é, é, dos Beatles...).
Pois é, esse livro de poderosa distribuição "escrito" por Leandro Narloch, que trouxe a tona, e à massificação, algumas das pesquisas históricas acerca da História do Brasil mais polêmicas dos últimos tempos. Ou seja, o ex-jornalista da Veja e editor da Superinteressante resolveu compilar fatos já conhecidos na historiografia e aplicou um toque, desmedido, de sensacionalismo. E o fez muito bem.
Índios foram e são paga-pau, negros tinham escravos, comunistas são do mal. Pesquisas históricas, massificadas por um jornalista.
Eu vejo esse tipo de coisa com bons olhos. Vejo sim, e o livro que deveria ser provocador acabou abrindo a minha cabeça para um monte de coisa, tanta coisa que este blog tem como missão de existência ser o poço de descarregamento.
Uma pátria, onde quem dita as leis sou eu. Tão egocêntrico quanto escrever um livro, admito. E recomendo.
Aliás, se alguma coisa descarregada desta mente medíocre que lhe escreve interessar, seja bem vind@ a minha Pátria.