quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Milenarismo Arturiano

Se o rei Arthur existiu ou não, ninguém tem certeza. Um guerreiro bretão ou um rei cristão, um debate de uma importância relativamente menor do que os usos políticos que a de se fazer com a imagem do rei lendário.
A "morte" de Arthur teria sido sua viagem a Avalon, após grave ferimento. O povo inglês teria acreditado por muito tempo que Arthur retornaria e expulsaria da Bretanha seus invasores. Como nos EUA, esses "invasores" mudaram ao longo dos séculos: de romanos, a saxões, ou cristãos, logo francos, talvez mesmo vikings, etc...
Essa fé no retorno de um Salvador, que voltaria e governaria por um período de 500 ou 1000 anos seguido plo fim do mundo, era muito comum no pensamento medieval. A França tinha o seu, que competia com o alemão, Portugal teve o rei Sebastião, e por aí vai...
Arthur tem seu arquétipo ligado a justiça. Todas as releituras da Excalibur perpassam um questão de justiça. Isso vai de Cavaleiros do Zodíaco a Harry Potter.
Quando a imagem de Arthur começou a ganhar da do próprio rei inglês Henrique II, "acharam" o túmulo do rei Arthur, junto a sua amada piriguete Guinevere. O sonho do retorno do rei que não morreu estaria acabado. O sonho do retorno do governante justo morreu, e todos passaram a pensar apenas no rei atual. Bem, o azar é todo dele...

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